Resenha: Tudo menos "normal" - Nora R. Baskin

 

Livro: Tudo menos ''Normal''
Autores: Nora Raleigh Baskin
Páginas: 192
Editora: Novo Século
Nota: 

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Para começar, não pense que se trata de um livro infantil somente por ver a capa ou ler a sinopse. Este livro nos mostra por meio, talvez, de uma história jovial, que o mundo não precisa ser do jeito que todos querem que seja ou que todos estão acostumados.
         Os neurotípicos, que é como Jason Blake, o personagem principal e narrador de sua própria história, chama á todas as pessoas que esperam que todos sejam iguais e que  façam as mesmas coisas, esperando as mesmas respostas.

"Quando escrevo, posso ser ouvido. E fazer que me conheçam. Mas ninguém precisa olhar para mim. Ninguém precisa  me ver, mesmo." Pág.-11

        Jason é uma criança de doze anos que é autista, e vive rodeado de pessoas neurotípicas. Ele se sente na obrigação de dar respostas as pessoas mesmo que não queira, só para não magoa-las.
Jay-man, como ele é chamado pelo único amigo da escola que lhe compreende, possui um website onde compartilha com crianças da mesma idade histórias de sua própria autoria e é nesse website que conhece uma seguidora de seus texto e passa a trata-la como namorada ou amiga ou simplesmente seguidora, nem mesmo ele sabem ao certo, porém quando se vê frente a frente com a oportunidade de encontra-la em uma
convenção, ele se sente desmotivado pelo medo de Rebecca não gostar de como ele é ou por  não ser "normal". Por fim, acaba tendo muitos "sonhos" de como ela poderia ser.
       O fim do livro é, meio que, uma surpresa e a história em si te leva á pensar e repensar nos termos "normais" e te leva a conhecer o que se passa e como uma criança autista vê o mundo.
          Super recomendo o livro, adorei a linguagem que a autora usa e como nos ilude nos passando a ideia de que é real o que o personagem está relatando e pensando.

"Como se mostra consideração? Consideração é uma emoção. É um sentimento. Não se pode fazer um retrato disso. Por que as pessoas querem que todos ajam da mesma forma que elas? Que falem como elas. Que pareçam como elas. Que ajam como elas.
 E se você não fizer isso...
Se você não fizer isso, as pessoas concluem que você não sente da mesma forma que elas sentem.
 E então elas concluem...
Elas concluem que você não sente absolutamente nada." Pág.-22

Beijos,