Resenha: O Livro das Coisas Perdidas

 

Livro: O Livro das Coisas Perdidas
Autores: John Connolly
Páginas: 363
Editora: Bertrand Brasil
Nota: 

Após a morte da mãe, David, de 12 anos, passa a maior parte do tempo em seu quarto tendo com os livros como companhia. Quando eles começam a sussurrar para o menino, realidade e imaginação se misturam até que, ao brincar no jardim, entra em um reino encantado, onde encontrará heróis, monstros e um rei fracassado que guarda seus segredos em um livro misterioso. John Connolly, em O Livro das Coisas Perdidas, desconstruirá fábulas conhecidas, como A Branca de Neve e os Sete Anões e João e Maria, por meio de muita imaginação e mistério. Um livro para todas as idades que virou mania quando lançado na Grã-Bretanha e nos Estados Unidos.

O Livro das Coisas Perdidas narra à história de David, um menino de 12 anos, que após um período bastante duro, perde sua mãe. David, é um garoto que ama os livros e suas histórias e a cada vez que lê, vê nos livros uma forma de suprir a falta que sente de sua mãe.

Entretanto, algo de muito estranho acontece na vida de David, certo dia, durante um passeio no jardim de sua nova casa, David vê um ser esquisito segurando um livro em seu quarto. E é aí que a aventura começa. David embarcará num mundo diferente, onde a todo tempo você vê animais híbridos, anões, nobres e grandes feras. Mas porque será que David foi parar nesse lugar?

O Livro das Coisas Perdidas é um dos livros mais encantadores que já li. A forma que John Connolly narra a história, te envolve de um jeito surpreendente, fazendo sentir empatia pelas personagens principais no momento em que você as conhece. Não há como não se surpreender com a história, uma vez que, o autor traz a sua obra, contos já conhecidos pelo leitor de uma forma quase totalmente distorcida, com mais realidade e o macabrismo presente nos contos originais.

Embora ao ler o livro, já imaginasse o que aconteceria no final, o grande mistério acerca do ''poderoso'' Rei, não o consegui largar enquanto não conclui a leitura, e por mais estranho que seja ler uma história sobre um leitor comum que se vê dentro de uma história de fantasia onde o personagem é ele próprio, foi impossível não se encantar.

Um livro que se tornou favorito, uma história que envolve magia, tristeza, aventura e alegria. de uma forma simplesmente leve e encantadora. Recomendadíssimo. 

[...] com as histórias, havia uma diferença: tornavam-se vivas somente quando eram contadas. Não existiriam de fato, no nosso mundo, se não houvesse pessoas para lê-las em voz alta. [...] Ficavam adormecidas, aguardando uma oportunidade para despertar. Mas, assim que alguém começava a ler uma história, ela começava a se transformar. Poderia criar raízes na imaginação e transformar o leitor. Páginas 11-12